Banheiro
O Banheiro ( Yokushitsu to Toire )
Banheira:
No Japão, a banheira é quadrada e é menor do que a ocidental. A maneira de
tomar banho é totalmente diferente. Primeiro, você tem que se lavar e se
enxugar antes de entrar na banheira.
Os japoneses gostam muito de tomar banho em água muito quente para se
relaxar e, geralmente fazem isso à noite, antes de dormir. Se você mora só
e seu banheiro tem uma unidade de gás anexo à banheira, pode esquentar a
água como você quiser.
Como nesse tipo de banho, os japoneses usam a mesma água, quem toma o
banho por último esvazia a banheira.
Vaso sanitário:
No Japão há tanto o do tipo ocidental como o do tipo japonês. O estilo
japonês é considerado por muita gente mais higiênico do que o ocidental,
porque nenhuma parte do corpo tem contato com o vaso, mas note bem a
maneira de usá-lo.
Há banheiros públicos pelas ruas, mas note que alguns deles não oferecem
papel higiênico. Outra curiosidade é que no Japão, o papel higiênico pode
ser jogado dentro do vaso sanitário. Mas, quando você for ao interior do
país, encontrará muitos vasos sanitários que não tem água de descarga.
Atenção: depois de usar o banheiro, não se esqueça de fechar a porta, pois
os japoneses preferem manter este lugar sempre fechado.
Washlet:
No Japão é raro encontrar o bidê, mas, recentemente, passou-se a instalar
o "Washlet" em suas próprias casas.
O "washlet" funciona como bidê, mas não está separado do sanitário. Você
torce o botão que está adaptado ao sanitário. Neste caso a água morna
espicha. Apertando o outro botão, sai o vento para secar. Mas tenha
cuidado de torcer o botão, conforme a indicação do uso do sanitário, isto
é, enquanto ainda você está sentado. Pois, ao contrário, você correrá o
perigo de se molhar e de inundar o chão.
Civilidade
Banzai! ( Viva! )
A palavra banzai costuma evocar, em muitos ocidentais, o passado
militarista do Japão do período da Segunda Guerra. Uma cena típica que
povoa a cabeça de muitas pessoas, graças a inúmeros filmes sobre a guerra,
é a de um piloto suicida, com um sol nascente desenhado numa tira de pano
atada à cabeça, lançando resolutamente seu avião contra um navio inimigo
depois de gritar banzai!
Ainda hoje, o banzai com esta acepção figura entre os termos que soam mais
familiares para os que desconhecem a língua japonesa, ao lado de palavras
como kamikaze e harakiri. Muitos ocidentais que associam o banzai a um
grito de guerra ficariam surpresos se descobrissem que esta palavra tem
originalmente um significado benigno e pacifista. É um vocabulário
utilizado para desejar longa vida ("tomara que você viva dez mil anos") e
prosperidade.
Antigamente, pronunciava-se esta palavra como banzei. Era um termo
utilizado como interjeição ou exclamação, sendo empregado não somente como
uma manifestação de triunfo quando se vencia uma batalha, mas também para
desejar longa vida ao imperador e à nação, ou para agradecer aos céus por
uma chuva tão aguardada.
Modernamente, consta que foi um estudante universitário quem primeiro
gritou a palavra banzai com a intenção de dar vivas ou urras. Foi durante
uma imponente cerimônia de promulgação da Constituição japonesa de 1889,
no Período Meiji.
A comunidade japonesa no Brasil também adotou o costume de gritar banzai
três vezes durante ocasiões festivas. Seu sentido é totalmente pacifista,
similar ao do "viva" em português.
De volta ao Japão, ainda é possível observar, nas plataformas das estações
de trem, o curioso espetáculo de um grupo de funcionários de uma empresa
gritando banzai para se despedir e desejar sorte a um colega que foi
promovido e transferido para outra cidade.
Sakê
A bebida alcoólica está presente desde a antiguidade. Conta-se que no
Egito, há 5 mil anos, Deus Osíris concedeu às pessoas o conhecimento sobre
a cerveja. Na mitologia japonesa também temos as divindades Ookuninushi no
mikoto e sukuna hikona no mikoto como Deuses do Sakê. Diz a história que,
na segunda metade do século oito, foram admitidos em Heiankyo (atual
Kioto) os encarregados de produzir sakê para o Palácio Imperial.
O sakê era uma importante oferenda nas atividades religiosas e com isso
surgiu o costume de saboreá-lo nestas ocasiões. Também foi muito
utilizados em festividades ligadas à agricultura, em casamentos e
despedidas. O sakê refinado tornou-se popular na Era Edo, segunda metade
do século 18, e seu consumo anual foi de 1,8 milhão de tonéis, sendo que a
população de Edo era de 1 milhão de pessoas. Isto implica em um consumo
diário de 541,11cm³ por habitante.
Para produzir uma sakê refinado de bom sabor é necessário um arroz de
qualidade, boa água, tonel também de boa qualidade como o fabricado com o
pinheiro de Yoshino, um competente especialista em fabricação, temperatura
propícia para a fermentação, entre outras condições. Por isso, desde a Era
Edo já eram famosos os Kikumasam une de Nada (atual província de Hyogo) e
Gekkeikan de Fushimi (Kioto).
Há dois tipos de sakê refinado: o karakuchizakê (sakê seco com teor
alcoólico acima de dois graus) e o amakuchizakê (sakê doce). Dizem que em
épocas de prosperidade, proporcionalmente à estabilidade do momento, a
preferência recai sobre o karakuchi, cujo paladar não cansa o consumidor
e, em épocas de recessão, passa a ser maior a procura por amakuchi, que
traz saciedade com uma quantidade menor.
Parece que atualmente o amakuchizakê está em alta. Indispensável nas
festividades e nas horas de lazer, o sakê era também apreciado nos comes e
bebes nas plateias, durante a apresentação de teatros como o Kabuki.
Inclusive hoje, os assalariados se dirigem após o expediente para beber em
bares e barracas ambulantes para dissipar o estresse gerado no trabalho.
O número de mulheres que apreciam sakê também tem crescido a cada dia,
inclusive sabe-se que há cada vez mais mulheres que bebem em casa, as
denominadas "Kichen dorinkaa" (as que bebem na cozinha).
No Brasil, com a difusão da culinária japonesa, tem aumentado o número de
brasileiros que degustam o masuakê (sakê em copo quadrado) para acompanhar
sushi ou sashimi. Parece que o atsukan (sakê aquecido) ainda não entrou na
moda.
Dizem que a bebia alcoólica é o melhor dos remédios e , atualmente, com a
informação de que o polifenol contido nos vinhos traz benefícios para a
saúde, sua venda aumentou bruscamente; especialmente a importação de
vinhos franceses.
Comida
Comer fora de Casa ( Gaishoku )
No Japão você poderá encontrar qualquer variedade de comida de todo o
mundo, como também restaurantes de comida japonesa a preços razoáveis.
Muitos restaurantes oferecem comidas sortidas ou teishoku a preço mais
baixo do normal na hora do almoço, quase sempre do meio dia até às 2 da
tarde.
Para facilitar a escolha da refeição, principalmente para aqueles que não
sabem ler em japonês, os restaurantes deixam expostos na entrada do
estabelecimento, os modelos plásticos dos pratos. Assim, basta apontar
para a comida escolhida e fazer o pedido.
Alguns cardápios também têm fotografias dos pratos que servem no
restaurante. Algumas empresas e oficinas têm seu próprio refeitório e
oferecem comida muito mais econômica.
O obentoo, ou lanche em caixinha, uma espécie de marmita, é uma maneira de
economizar dinheiro e comer comida mais gostosa feita em casa. Há também
lojas de comida rápida japonesa chamada bentooya que oferecem uma seleção
de arroz, peixe, carne e verduras que você pode escolher e levar consigo
numa caixinha.
Quem não tem tempo para sair do trabalho e não leva o próprio obentoo,
encomenda a comida pelo telefone ou demae a algum restaurante que fique
perto do lugar do trabalho.
Nos restaurantes de massas japonesas soba e udon ou de massa chinesa
lamen, há a opção de comer de pé, ou tachigui. Mas se você quer comer
hambúrguer, ou frango frito ou assado, ao estilo norte-americano,
encontrará muitíssimas destas lojas de comida rápida sem dificuldade.
Comportamento
Aprendendo o idioma e expressões
Para que você possa viver no Japão, terá de aprender alguns costumes e
algumas expressões necessárias para uma boa convivência. Há um provérbio
japonês que diz "Andando, se aprende o trabalho". Isto quer dizer que
aprende-se mais pela própria experiência do que pelos ensinamentos de
outrem.
Se você não souber o nome de algum objeto que está ao seu redor e quiser
sabê-lo, não hesite em perguntar com a frase, "Como se chama isto?".
Algum amigo japonês lhe ensinará com todo o prazer. E, para gravar, tente
pôr logo em prática o japonês que acabou de aprender. Por exemplo, quando
for fazer compras, em vez de dizer, "Por favor, me dê 2 destas", diga "
Por favor, me dê 2 destas maçãs" que dará uma melhor impressão ao vendedor
que está lhe atendendo.
Geralmente, os japoneses são mais simpáticos com estrangeiros que falam
japonês. Não se esqueça de que, à sua volta, há muitos japoneses que,
sabendo que você deseja aprender japonês, lhe ensinarão com toda a
atenção.
Clima do Japão ( Nippon no kikoo )
Não há muita diferença de temperatura entre as regiões, como no Brasil. E
também não há cidades como São Paulo, onde se pode passar bem o ano
inteiro, sem sofrer grandes variações climáticas.
No Japão, o clima classifica-se, mais ou menos, em 4 estações. O
arquipélago do Japão encontra-se no hemisfério norte. Apesar das pequenas
diferenças de temperatura encontradas em Hokkaido, situado ao norte, a
Kyushu, situado ao sul, em todas as regiões presenciam-se as quatro
estações do ano.
Primavera (Haru) | abril a maio | É a estação das flores com uma temperatura moderada. Não precisará mais das jaquetas e dos casacões. |
---|---|---|
Verão (Natsu) | junho a agosto | Muito calor, depois da estação de chuvas. Temporada com jeans e camiseta. |
Outono (Aki) | setembro a novembro | O tufão já terá passado, e o clima estará mais fresco. Precisará de algo mais que uma camiseta. |
Inverno (Fuyu) | dezembro a março | É a estação mais fria do ano. Neva também. Terá de se agasalhar bem para se proteger do frio. |
Compras
Dinheiro do Japão
No Japão a moeda nacional é o iene (¥). As moedas são de ¥ 1, ¥ 5, ¥ 10, ¥
50, ¥ 100 e ¥ 500. As cédulas são de ¥ 1.000, ¥ 2.000 (nota comemorativa à
Conferência G8 realizado em Okinawa no ano de 2000), ¥ 5.000 e ¥ 10.000.
No Japão há um imposto chamado "shoohizei" (imposto consumo) incluído no
pagamento de cada compra como uma taxa de 5% sobre o valor total da
compra. Por isso, recomendamos que tenha sempre moedas para facilitar o
troco.
Em qualquer parte do Japão, você sempre encontrará máquinas automáticas
que vendem bebidas e cigarros. Além de bebidas e cigarros, os produtos que
podem ser comprados por essas máquinas são: passagem de trem, cartão de
telefone, hamburguer, lamen instantâneo, camisinhas, etc.
Para comprar um suco de 110 yenes, introduza uma de 100 yenes e outra de
10 yenes e depois aperte o botão desejado. Se você introduzir 2 moedas de
100 yenes, o resultado será o mesmo. Nesse caso, sairão da máquina o
produto e 90 yenes de troco. O que acontecerá então se a moeda for de 500
yenes? Não se preocupe, pois a máquina lhe dará 390 yenes de troco em
moedinhas. Se em vez de moedas for introduzida um cédula de 1000 yenes, a
máquina processará da mesma forma.
Lugares Públicos
Transporte
A rede de trens em Tóquio é excelente. É também muito pontual. Por
exemplo, nas horas de "rush", na linhas de Yamanote, uma das linhas
principais em Tóquio, os trens correm a cada minuto!
Para se locomover com mais tranquilidade, o ideal é saber ler Kanji ou
hiragana do destino aonde você irá. Mas, a prática pode tornar fácil o
entendimento de como as linhas estão sinalizadas e localizadas.
Recomenda-se que você adquira um mapa de rede de trem escrito em alfabeto.
Se puder, tenha-o em japonês também, pois assim você poderá saber como se
escreve em kanji a estação desejada.
Os bilhetes de trem, se não são para viagens grandes, adquirem-se na
máquina automática. Nestes dias tem aumentado passagem automáticas. Os
bilhetes que têm um lado castanho ou preto são para a passagem automática.
Para utilizar o ônibus, não se esqueça de confirmar se tem trocados.
Tenha cuidado quando entrar, pois há dois tipos de ônibus: um com preço
único e outro com preços diferentes. O primeiro é geralmente ônibus de
curta distância. Você coloca o dinheiro na caixa, que lhe devolverá
automaticamente o troco. O segundo varia de preço conforme a distância. Se
quiser troco, utilize a máquina de câmbio ao pé do motorista. Normalmente
pode se cambiar uma nota de mil yenes ou moedas de 500 e 100. Neste caso,
a máquina só faz a troca de dinheiro, por isso você tem de pagar o preço
exato.
Outro meio de transporte muito utilizado são os táxis. Atenção para as
portas dos táxis japoneses que são automáticas. O motorista aciona o
comando que abre a porta traseira do lado esquerdo. Não tente abrir a
porta com sua mão, pois corre o perigo de estragar a porta.
Feriados Nacionais do Japão ( Nippon no saijitsu )
1º de janeiro | Ano Novo |
15 de janeiro | Dia da Maioridade |
11 de fevereiro | Dia da Fundação Nacional |
Por volta de 21 de março | Dia do Equinócio de Primavera |
29 de abril | Dia do Verde |
3 de maio | Dia da Constituição |
5 de maio | Dia das Crianças |
15 de setembro | Dia de Veneração aos Anciãos |
Por volta de 23 de setembro | Dia do Equinócio de Outono |
10 de outubro | Dia de Educação Física |
3 de novembro | Dia da Cultura |
23 de novembro | Dia de Ação de Graças (aos trabalhadores) |
23 de dezembro | Aniversário do Imperador |
Você já deve ter percebido que os japoneses têm férias
curtas. As férias de verão são geralmente em meados de agosto e as de
inverno acontecem no fim do ano aos primeiros dias do ano novo. As férias
de verão também se chamam "O-bom". Baseiam-se na mentalidade budista, a
época em que os espíritos de mortos voltam à casa deles.
As férias de inverno são para comemorar o ano novo, e não para festejar o
Natal. Os japoneses acham o ano novo muito importante e para eles o ano
novo são os primeiros três dias. A maioria das lojas fecham nesses três
dias. Por consequência, estas duas férias são para se passar com os
familiares, na sua terra natal. No entanto, um número grande de pessoas se
desloca de carro, trem ou avião, para todos os lados do Japão, e até para
o estrangeiro.
Além das férias mencionadas, há uma semana de folga, que se chama "Golden Week", ou seja, a semana de ouro. Começa do dia 29 de abril e acaba no dia 5 ou 6 de maio.
Embora no Japão, o dia 1º de maio não seja feriado nacional,
muitas companhias descansam para comemorar o dia dos trabalhadores. Nesse
caso, muitas pessoas aproveitam para tirar férias de 29 de abril a 5 ou 6
de maio.
No Japão, se um feriado cair no domingo, é transferido para a
segunda-feira. Assim, se 5 de maio for domingo, a semana de ouro desse ano
se prolonga até o dia 6.